Bom. Quando a vida chega numa encruzilhada, o jeito é escolher o caminho da correção e seguir por ele, confiante de que é o correto, ainda que pareça sombrio e estéril. Às vezes você acha que já chegou lá e é só uma parada na estrada. Por mais que esteja confortável, você tem que prosseguir, para sua meta, para sua meta... É preciso passar por caminhos tortuosos para chegar lá, lá no arco-íris onde o pote de ouro se encontra...
"Se você não sabe aonde está indo, qualquer lugar servirá" (Lewis Carroll).
Por tanto tempo rabisquei pensamentos em pedaço de papel, panfleto de propaganda, resto de bloco, de trás pra diante no caderno... sempre à procura de uma costura pra todos esses retalhos. Hoje entendo que meu livro é mesmo assim: um não-livro. E percebo que cada trecho está pronto, ainda que trecho, e concluído porque começa no ar e termina no estalo. Porque trechos, retalhos, reticências, miçangas, miudezas... É disso que sou feita. [E começo a achar que 2+2>4.]