quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ANÁLISE COMBINATÓRIA

Dentre os milhares de eus possíveis, eis que escolho ser todos. Abrigo os eus possíveis e os impensáveis, os verossímeis e os inventados, e a resultante é que sou esta versão de quem sou; esta que fala, dança, ama, ri, anda em mim, agora, nada mais é do que uma variação do mesmo tema que, por ser infinito para dentro, vaza para fora nesta versão que nunca é a final. Versão que, estando em constante rearranjo, é, não diferente de si, mas também não exatamente igual. Cubo mágico. Todas as caras podem ser a minha cara. Todos os estilos podem ser o meu, ainda que eu não seja de nenhum deles. Liberdade de ser tudo o que se é, de exprimir toda as potencialidades das possibilidades das personalidades. Liberdade.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

SENTIDOS

Não venha me dizer que você também se sente assim.

Assim como? Como você sabe? Não venha me dizer que sabe como eu me sinto. Não, você não sabe. Só eu me sinto em mim, só eu sinto o que sinto da forma que sinto. Enfim.

Minha cabeça dói, mas estou leve. A vida se renova. Aprendi finalmente a falar, falar apenas o que deve ser dito, e me calar quando necessário. Acho que é esta a sabedoria: saber quando dizer o quê.