Amo tudo o que amo cada vez menos. Tudo o que me é caro já o foi muito mais, antes. E ainda não sei se isso é um problema ou se é a solução.
Amo menos as coisas. As pessoas. Os lugares. E não estou mais bruta ou seca por causa disto. Comovo-me, alegro-me, fico feliz, me delicio, mas tudo isso passa. Não, não estou embrutecida. Estou mais livre, eis tudo.
E é simples; quanto menos se ama, menos se prende, mais se anda, mais se voa. Pelicanos voam, barcos não. Não voa quem tem asa: só voa quem não tem âncora.
Não tenho tudo o que amo. Mas, que me importa? Nada que me ama me tem.
Um comentário:
"Não voa quem tem asa: só voa quem não tem âncora.
Não tenho tudo o que amo. Mas, que me importa? Nada que me ama me tem."
Perfeito!
Lindo texto. Parabéns!
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