sábado, 10 de janeiro de 2009

PONTOS NO INFINITO

Somos todos sozinhos – isso ela aprendeu a duras penas, e só depois de enternder que aquela era a lição que a vida queria lhe ensinar. Pais, amigos, filhos, namorados – tudo ilusões. Encontros são pontos no infinito. Nós somos tudo o que permanece conosco. Já disse o mestre que só nós somos sempre iguais a nós próprios. Ela agora compreendia. E a madrugada da vida se abre em manhã pálida, mas com a promessa do sol radiante por trás das nuvens.

Só não se decepciona aquele que não espera. Só vê com lucidez aquele que não deixa o coração enxergar, aquele que não deixa seu eu se embolar com os eus alheios. Aí, sim, se pode ver o todo, se pode ver tudo de todos os lados, num relance. Só esse é livre. Só é livre quem é sozinho, sem ânxias, agonias e solidões. Só é feliz quem não precisa dos outros.

Só quem não precisa do outro consegue mergulhar plenamente na alegria de estar com o outro.

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