quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

VALENDO

Pois é. E eis que chga o dia, planejado meio a medo, de parar de adiar a vida que se quer ter. Talvez não ainda o dia de se começar a colher, mas sem dúvida o dia de juntar as ferramentas e ir plantar em outro canteiro.

Já sinto o cheiro do fim. É o mesmo cheiro do novo que desponta, vida recém-saída do plástico.

Muito vai mudar. Ou talvez pouco apenas se ajuste, pois a grande mudança se opera dentro de mim, a todo vapor, já há muito tempo. A expectativa em tirar os sonhos da gaveta é grande, mas grande também é a falta que vou sentir do que fica. E a dor de ter certeza de que a minha falta vai passar tão batida. Mas, que isso importa? Cresci. Três pessoas se manifestaram, e é um bom número. A vocês, minha gratidão – não calculam o bem que me fizeram. Aos outros, também agradeço, posto que me impulsionam mais rápido e mais longe de encontro ao meu horizonte. Saio do teatro para começar a viver a arte! Já ouço a plateia inquieta, clamando pelo início do espetáculo. Vai, Cintia, ser guache na vida! Plena, matizada, barulhenta, expansiva, criadora, inquieta, faladeira! Vai, ser você mesma de novo, sem temores, sem amarras, viver o espetáculo que a vida te oferece, se entregar a seus amores, chega desse ensaio geral.

Terceiro sinal.

MERDA!

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