sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

MEMÓRIA ALTERADA

Uma da manhã. Não há mais o que procurar nos links e sites. Ninguém pra teclar. Os olhos quase se fecham, a garganta dói, mas ela persevera. Espera pelo quê? Esperar, esperar... O contínuo esperar.

Sua cama a espera.

Ela espera que a felicidade a encontre amanhã. Já ao acordar. Hoje, seus dedos ainda procuram. E ela continua a esperar.

Será que ela sabe que a felicidade não existe? Que é só uma ilusão? Que a felicidade é algo inventado pelos seres humanos pra tornar a vida possível?

A felicidade só é possível no passado. É uma memória alterada. Fomos felizes porque ensinamos nossa memória que fomos felizes.

Mas ela ignora tal fato, e é feliz por isso.

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