quinta-feira, 13 de novembro de 2008

INÍCIOS. MATIZES. ESPECTROS.

Disto ela era feita: de palavras e pausas, de manhãs mornas e madrugadas de julho, de risadas abafadas e lágrimas incontidas.

Escarlate e púrpura.

Ela conduzia sua vida para além do espectro de cores visíveis. Estava disposta a descobrir o que havia abaixo do infravermelho e acima do ultravioleta. E na rodaviva do discodenewton da sua vida, pintava cada momento em matizes fortes, para que não se desgastassem com o passar dos anos, para que não sumissem debaixo de camadas de poeira e demãos de caiação, até que a loucura e a vontade estivessem subjugadas pela velhice, além da possibilidade dos grandes e pequenos feitos.

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